Empresa Contrata Detetive para Investigar Funcionário


Folha de São Paulo

Funcionários em conflitos com a empresa onde trabalham, suspeitos de roubar bens, e profissionais sondados para ingressar em uma nova companhia são potenciais investigados por detetives contratados por patrões.
Empresas de detetives dizem que esse mercado tem crescido, apesar de ainda ser menos importante que o das investigações conjugais.
O dono da agência Líder, Fabrício Dias, 32, diz atender, em média, quatro companhias por mês.
Uma delas é um restaurante. O dono, A.G., 38, percebeu que a quantia de peixe consumida não batia com as vendas. "Colocamos uma câmera escondida no estoque, e um funcionário desviava o material." Os investigadores o seguiram até Sorocaba (102 km de SP), onde o peixe era vendido. O dono fez acordo e ele pediu demissão.
As empresas têm o receio de não punir quem desvia bens ou recebe indenização sem ter direito.
Para o dono da agência de detetives Activa, que não se identificou, se um empregado vence ação de afastamento por doença de trabalho, sem estar incapacitado, abre caminho para outros fazerem o mesmo.
Erivaldo Lima, 42, achou revoltante descobrir que foi investigado pela companhia em que trabalhou.
Afastado por não ter movimento no pulso esquerdo, foi demitido por justa causa sob a alegação de que tinha outra ocupação. A companhia apresentou um detetive, que disse que Lima trabalhava em casa, o que ele nega.



Fonte: Agora São Paulo